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O que é treinamento gamificado?

Atualizado: 28 de mai. de 2021



O Brasil é um dos maiores mercados consumidores de jogos do mundo. E ao contrário do que muitos pensam, a maior parte desse público são adultos. Seja uma executiva de contas de uma multinacional que aguarda atendimento na fila do banco enquanto joga no celular ou um jovem de 25 anos que chega em casa do trabalho e liga o seu Playstation pra dar uma relaxada, os brasileiros amam jogos.


O motivo pelo qual jogos são tão viciantes é que os designers de jogos entendem muito bem o comportamento humano e a motivação das pessoas. As mecânicas dos jogos são capazes de causar mudanças nos nossos sentimentos e comportamentos da mesma forma que um romance ou um filme de heróis.




O que poucas pessoas sabem é que a maioria das mecânicas que tornam jogos tão divertidos e viciantes vem de estudos e pesquisas de um campo chamado design comportamental. O design comportamental nada mais é do que utilizar elementos de design para encorajar um determinado comportamento em uma pessoa. Esses elementos de design podem ser os mesmos encontrados em jogos ( medalhas, rankings, pontos ) ou não.


Um dos meus exemplos preferidos de design comportamental que não utilizou elementos de jogos e deu super certo foi na estação de metrô de Osasco. O objetivo era incentivar as pessoas a usarem a escada normal ao invés da escada rolante, para ajudar a combater o sedentarismo. Para isso os degraus da escada foram transformados em teclas de piano. Ao subir as escadas as pessoas iam pisando nas teclas e fazendo sons com seus passos, até algumas músicas. Não deu outra: em pouco tempo quase ninguém usava mais a escada rolante. Adultos e crianças subiam lado a lado a escada fazendo cada um sua música e se divertindo.




Daí a gente entra num outro conceito bem legal e que está super em alta: a Gamificação. Ela também vem do design comportamental e atua mudando o contexto em que uma determinada tarefa é percebida tornando ela mais fácil e divertida. O exemplo da escada que virou piano também é gamificação. No ambiente corporativo estratégias de gamificação são cada vez mais adotadas para trazer resultados de engajamento e motivação dos colaboradores em tarefas do dia-a-dia. Uma das áreas que mais tem se beneficiado é a de treinamento e desenvolvimento.


Garantir que um colaborador tem o conhecimento adequado para realizar a operação, prestação de serviço ou um atendimento de forma adequada não é tarefa fácil. Existem ferramentas que ele precisa saber usar. Existem procedimentos que devem ser seguidos e o colaborador deve estar sempre atualizado. Agora imagina colocar esse colaborador pra assistir uma palestra de 1 hora sobre procedimentos de segurança ou técnicas de venda. Será que ele vai conseguir prestar atenção e absorver as informações apresentadas pra aplicar no dia-a-dia? E se o time for grande e distribuído e você tiver que fazer esse treinamento online, será que ele vai curtir assitir um video de 1 hora ou ler um PDF de 40 páginas enquanto um monte de notificações ficam pipocando no celular lutando pela sua atenção?




Com a ajuda da gamificação a tarefa de aprender fica mais fácil e divertida. Utilizando os elementos de design certos é possível tornar o aprendizado dentro das empresas tão divertido quando subir uma escada-piano no metrô de Osasco. Alguns elementos de gamificação tem se destacado no ambiente corporativo. Vale a pena falar sobre alguns deles:


Micro Aprendizagem: quebrar um conteúdo extenso em pequenas partes, ou pílulas de conhecimento, e permitir o colaborador aprender um pouco de cada vez, no seu ritmo. Além de tornar as informações mais fáceis de serem absorvidas, também cria um senso de progresso tornando o aprendizado mais prazeroso.


Storytelling: ou, em bom e velho português, contar histórias. O cérebro humano tem muito mais facilidade em reter informações passadas num formato de narrativa. Não é a toa que histórias são a forma mais antiga de se passar conhecimento entre diferentes gerações, mesmo antes da invenção da escrita ( lembra dos desenhos nas cavernas? eles contam uma história ).


Elementos de jogos: quizzes, caça-palavras, jogo da memória, quebra-cabeças. Ninguém gosta de aprender passivamente, só lendo ou ouvindo sem se sentir parte. Humanos gostam de interagir, de criar e de mexer nas coisas. Nada melhor que elementos de jogos tradicionais para trazer essa sensação durante o aprendizado.


Existem muitas outras formas de criar um treinamento gamificado, daria até pra escrever um livro ( spoiler: já existem vários livros sobre o assunto ). Mas o objetivo desse artigo é ajudar os profissionais responsáveis pelo desenvolvimento das pessoas nas empresas a ter uma idéia desse conceito que vem ganhando cada vez mais visibilidade graças aos resultados alcançados quando implementado de forma correta.


Se você está buscando uma plataforma de treinamento com gamificação para sua empresa, acesse o site do Lira Edu e veja como podemos te ajudar!



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