Nos últimos 2 anos eu tenho ajudado empresas a capacitar mais de 7.000 profissionais utilizando gamificação. E há quatro anos eu desenvolvo projetos de gamificação dentro das empresas. E hoje eu gostaria de compartilhar com você os principais insights que eu aprendi durante essa jornada.
Mas primeiro...
O que é gamificação?
Gamificação é a utilização de elementos de jogos dentro de contextos que não são jogos. Ela surgiu do design comportamental e o seu principal objetivo é estimular um determinado comportamento nas pessoas utilizando elementos de design.

Exemplos de gamificação ( Duolingo e Milhas Aéreas )
Um dos maiores cases de gamificação é o do aplicativo Duolingo. Além de usar elementos de jogos, pontuação e barras de progresso para o ensino de línguas, a principal sacada que os designers do aplicativo tiveram foi a maneira com a qual eles conseguem engajar os usuários a praticar pelo menos 15 minutos todo dia. O app te faz se comprometer com um objetivo e te incentiva através de notificações e e-mails a competir com amigos e estranhos para realizar conquistas e ganhar medalhas.

Pouca gente sabe, mas um dos primeiros grandes cases de gamificação nos negócios foram os programas de milhas aéreas. Já existiam outros programas de fidelidade que ofereciam recompensas para os clientes após um determinado número de compras. Mas as empresas aéreas levaram esse conceito para um outro patamar quando começaram a oferecer não só bilhetes aéreos, mas também assentos preferenciais, salas de espera e serviços especiais para o seleto grupo de clientes que alcançavam um determinado número de milhas. Isso acabou até criando um senso de status para esses clientes.
Implementando boas estratégias de gamificação
Para ter sucesso ao desenvolver e implantar uma estratégia de gamificação é obrigatório ter métricas e objetivos claros além de um profundo conhecimento do seu público alvo. Quanto mais específico for esse público, mais eficiente sua estratégia será.
Dentro das empresas, uma das áreas que mais tem se beneficiado é a área de Recursos Humanos. Especialmente agora que o home office pegou e manter os colaboradores motivados e engajados se tornou mais desafiador.
Várias empresas começaram a usar gamificação durante o seu processo de recrutamento. Um case muito legal que eu tive o prazer de conhecer foi o da Jornada Quest, que utiliza mecânicas de RPG em sessões do Zoom para avaliar as competências do candidato de uma forma muito mais assertiva e divertida.
No Lira Edu nós também utilizamos várias mecânicas, muitas inspiradas no Duolingo, para o onboarding de novos colaboradores e usuários de sistemas além de trazer uma forma de capacitação contínua para dentro das empresas de forma 100% remota.
Assim como nos jogos, o feedback contínuo é extremamente importante para sua estratégia de gamificação. As regras que se aplicam a uma determinada mecânica devem ser claras, assim como o que determina se uma ação teve efeitos positivos ou negativos.
Apesar do nome, uma coisa muito importante sobre gamificação, é que ela tem muito mais a ver com Design do que com Jogos. As suas raízes estão no design centrado no ser humano. Por isso eu gosto sempre de enfatizar: Gamificação é sobre ajudar as pessoas a alcançar um determinado resultado desejado. Pode ser no trabalho, na saúde ou educação. A estratégia tem sempre que estar centrada no grupo de pessoas que você quer atingir e no contexto no qual ela será desenvolvida.
Conclusão
A gamificação não é mágica e nem resolve todos os problemas de engajamento dentro do seu negócio. Mas quando você coloca as pessoas no centro da sua estratégia de engajamento e entende o que motiva e o contexto no qual elas estão envolvidas, você já tem um bom caminho para começar a pensar em aplicar estratégias de gamificação.
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